sábado, 25 de abril de 2009
Uma oportunidade única
Na palestra de hoje, o consagrado Marc Riboud dividiu a mesa com o fotojornalista brasileiro Evandro Teixeira. Nas projeções, grandes trabalhos de dois grandes nomes: maio de 68 e a ditadura militar no Brasil e no Chile. O movimento ocorrido na França, para Riboud, foi a invenção de uma nova vida, o que transparece nos rostos esperançosos e nas barricadas geométricas das imagens do francês. Já Evandro Teixeira, mesmo apanhando e quebrando algumas câmeras e costelas, fotografou momentos importantes do país, como a passeata dos cem mil, e foi o único fotógrafo a cobrir a morte de Pablo Neruda durante a ditadura chilena. Compreensível a insistência dos que, ao final, queriam ser fotografados ao lado dos dois. Foi um encontro para não ser esquecido, mas, sim, registrado.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
“Cada dia que passo fotografando é mais um dia muito feliz”
A frase que Marc Riboud disse ainda no início do encontro não soou óbvia apenas por ele ser um dos grandes nomes da fotografia do século XX. Ao longo das cerca de duas horas em que o fotógrafo esteve com o público do festfotopoa, não faltou bom humor – e até gargalhadas - para ilustrar os seus 86 anos de vida. E que vida! O francês falou sobre as suas aventuras pelo mundo, iniciadas pela decisão repentina de viajar de carro para Calcutá, e sobre o amigo Henri Cartier-Bresson, que segundo ele era como um pai, com quem aprendeu “alguma” coisa. Entre as fotografias que mostrou, algumas recentes, como as tiradas no dia da eleição de Barack Obama, e as antigas e mais famosas de sua carreira. Para quem perguntou quais devem ser as qualidades de um fotógrafo, Riboud respondeu que não acredita no talento, mas, sim, no trabalho, na curiosidade, paciência e cultura. Difícil vai ser seguir o seu maior conselho ao final da palestra e esquecer tudo o que ele disse. Seria como esquecer quem é o espirituoso fotógrafo francês.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Veja Marc Riboud ao vivo no FestFotoPoa 2009
Mudou o site onde acontece a transmissão comandada pelo pessoal do Coletivo Garapa. Veja abaixo:
O fotojornalismo dos coletivos multimídia
Os debates do seminário Fisiologia da Fotografia de Informação contaram com a presença do Garapa, que abordou o caráter coletivo e independente das suas produções. Foram apresentados trabalhos do grupo realizados em 2008, como o “Desde Cuba” e as parcerias com a Folha de São Paulo na cobertura das eleições, da queda da Bolsa e da invasão do MTST a um supermercado paulista. (Foto: Vinícius Roratto Carvalho)
O olhar pessoal no fotojornalismo diário
Continuando o seminário Fisiologia da Fotografia de Informação, o fotojornalismo autoral foi o tema que abriu a tarde de debates desta quinta-feira. Os fotógrafos João Wainer e Custódio Coimbra falaram sobre a experiência da fotografia com marca pessoal inserida no jornalismo diário. Wainer destacou as possibilidades que as novas tecnologias trazem para a exibição do trabalho fotográfico, e que ainda não são bem aproveitadas pelos veículos de comunicação. A internet, segundo ele, torna-se uma alternativa para os fotógrafos mostrarem o seu olhar particular sobre os acontecimentos, que nem sempre ganha espaço no cotidiano de um jornal.
Custódio Coimbra apresentou as fotos que realizou sobre a temática Solo, e observou que a popularização da fotografia não desvaloriza o trabalho do fotógrafo profissional. Para ele, o olhar autoral ganha mais destaque neste contexto. (Fotos: Vinícius Roratto Carvalho)
“Uma salva de palmas para o Luís Humberto”
Foi com essa frase que Carlos Carvalho encerrou o encontro sobre o autor homenageado desta edição do FestFotoPoa. Infelizmente, o fotógrafo não pode estar presente, mas a homenagem foi devidamente feita. Além das calorosas palmas do público, os componentes da mesa, Leopoldo Plentz e Rubens Fernandes Jr fizeram questão de ressaltar a importância de Luís Humberto e de seus 40 anos de fotografia. Rubens afirmou que o homenageado levou “vida inteligente” ao jornalismo durante ditadura ao realizar em Brasília uma fotografia “altamente estética e politizada”. Já Leopoldo lembrou que o fotógrafo fez parte da equipe fundadora da UNB e foi o primeiro a ter título de doutor em fotografia no Brasil. Luiz Carlos Felizardo também participou e destacou o característico bom humor do amigo ao contar momentos que vivenciou com ele. O público pode conferir, além da projeção com fotos de toda a carreira de Luiz Humberto, um vídeo com depoimentos do homenageado.
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quarta-feira, 22 de abril de 2009
“A toda hora a gente tem que revisitar a história e fazer uma história nova”
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Joaquim Marçal apresenta os primórdios da fotorreportagem brasileira
Na palestra Os Primórdios do Fotojornalismo Brasileiro, Marçal apresentou a evolução das técnicas de reprodutibilidade fotográficas nos meios impressos no Brasil desde os tempos da imprensa régia, até a guerra do Paraguai. Apresentou, também, sua rápida pesquisa que iniciou aqui em Porto Alegre, quando chegou para o FestFotoPoa. Aqui, Joaquim Marçal encontrou edições de antigos impressos gaúchos que criticavam os esforços de outros estados na guerra do Paraguai. (fotos: Vinícius Roratto Carvalho)
Nova transmissão do FestFotoPoa 2009
Mudou o site onde acontece a transmissão comandada pelo pessoal do Coletivo Garapa. Veja abaixo:
terça-feira, 21 de abril de 2009
Segundo dia: Começam os seminários e encontros com o autor.
O segundo dia do Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre começou com a oficina do Coletivo Multimídia Garapa, que já colocou material dos participantes no blog da cobertura do festival e no Flickr.
A tarde começou com projeções e os primeiros encontros com o autor. Mais tarde, à partir das 18h, começa o seminário Fotografia Como Instrumento de Inclusão Social. Segue abaixo uma pequena resenha de cada apresentação.
A tarde começou com projeções e os primeiros encontros com o autor. Mais tarde, à partir das 18h, começa o seminário Fotografia Como Instrumento de Inclusão Social. Segue abaixo uma pequena resenha de cada apresentação.
Uma autobiografia fotográfica de Joaquim Marçal
O primeiro encontro com o autor contou com a presença do coordenador do Projeto de Preservação e Conservação do Acervo Fotográfico da Biblioteca Nacional, Joaquim Marçal. O pesquisador confessou que, há muito tempo, já não vivia diretamente de seus trabalhos como fotógrafo, mas manteve uma forte relação com materiais históricos que teve acesso na Biblioteca Nacional.
Após anos de insistência de alunos, amigos, e da coordenação do FesFotoPoa 2009, Marçal resolveu trazer a público sua coleção de antigos fotogramas. Nestas imagens, diversas fases da carreira de Joaquim Marçal foram reveladas, desde o tempo em que se interessava por fotografia de produtos, até ás viagens guiadas pela atenção aos passos de figuras importantíssimas da história da fotografia, como Fox Talbot e Niepce.
Após anos de insistência de alunos, amigos, e da coordenação do FesFotoPoa 2009, Marçal resolveu trazer a público sua coleção de antigos fotogramas. Nestas imagens, diversas fases da carreira de Joaquim Marçal foram reveladas, desde o tempo em que se interessava por fotografia de produtos, até ás viagens guiadas pela atenção aos passos de figuras importantíssimas da história da fotografia, como Fox Talbot e Niepce.
J.R. Ripper e a fotografia em busca da dignidade
J.R. Ripper no Encontros com o autor (Foto: Jorge Bueno)
J.R. Ripper no Encontros com o autor (Foto: Jorge Bueno)
"Minha proposta fotográfica é botar a fotografia a serviço dos direitos humanos," foram as primeiras palavras do encontro com o autor J.R. Ripper. O fotógrafo conhecido pelo forte fotodocumentarismo de denúncia, lembrou que o seu trabalho teve influências dentro da própria família, onde o ambiente afetivo o instigou para que buscasse as relações humanas em comunidades exploradas.
O material apresentado no FestFotoPoa 2009 evidencia diversos pontos do trabalho de Ripper. As denúncias se extendem ao trabalho escravo no campo e nas minas de carvão, à exploração dos trabalhadores que vivem da cana e à realidade da favela. Após a apresentação das fotos, a platéia questionou como Ripper se incluiu na realidade destas comunidades e como faz para sustentar os seus trabalhos.
O material apresentado no FestFotoPoa 2009 evidencia diversos pontos do trabalho de Ripper. As denúncias se extendem ao trabalho escravo no campo e nas minas de carvão, à exploração dos trabalhadores que vivem da cana e à realidade da favela. Após a apresentação das fotos, a platéia questionou como Ripper se incluiu na realidade destas comunidades e como faz para sustentar os seus trabalhos.
A fotografia sob o olhar do excluído
Luiz Abreu fala sobre a exposição fotográfica do Boca de Rua (Foto: Rafael Avancini)
Ripper conta sobre o projeto Imagens do Povo (Foto: Rafael Avancini)
O seminário Fotografia como Instrumento de Inclusão Social apresentou dois projetos que, apesar de distintos, têm objetivos parecidos: oportunizar aos grupos carentes a possibilidade de exibir um olhar próprio das realidades de cada comunidade . No caso do Boca de Rua, em Porto Alegre, Rosina Duarte e Luiz Abreu comandam um jornal que é produzido por moradores de rua. No outro caso, o projeto Imagens do Povo, uma escola-agência de fotografia baseada na Favela da Maré, J.R. Ripper explicou como se dá todo o processo de formação dos fotógrafos que lá trabalham.Luiz Abreu fala sobre a exposição fotográfica do Boca de Rua (Foto: Rafael Avancini)
Ripper conta sobre o projeto Imagens do Povo (Foto: Rafael Avancini)
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segunda-feira, 20 de abril de 2009
Começa oficialmente o FestFotoPoa 2009
O auditório Barbosa Lessa está lotado de convidados que vieram apreciar a abertura oficial do Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre.Além da presença de fotógrafos brasileiros e internacionais, autoridades e representantes de apoiadores do festival vieram ao auditório Barbosa Lessa, do Centro Cultural Erico Verissimo.
Acontece, neste momento, a projeção do vídeo "DesdeCuba," do coletivo Garapa. Após a apresentação, os fotógrafos conversam sobre o projeto com o público.
Acontece, neste momento, a projeção do vídeo "DesdeCuba," do coletivo Garapa. Após a apresentação, os fotógrafos conversam sobre o projeto com o público.
Festival é transmitido ao vivo pela internet
Veja abaixo a transmissão ao vivo do Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre.
A transmissão é comandada pelo coletivo Garapa que também faz a cobertura do FestFotoPoa 2009.
A transmissão é comandada pelo coletivo Garapa que também faz a cobertura do FestFotoPoa 2009.
Coletivo Garapa coordena cobertura do festival
O coletivo multimídia Garapa começou a cobertura do Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre. Os integrantes do coletivo e os participantes da oficina vão produzir conteúdo multimídia que será exibido no encerramento do festival, às 21h.
Veja o conteúdo no Blog da cobertura do FestFotoPoa.
Oficina de fotografia documental
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